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17 de abril de 2011

Súplicas


Dá-me
As migalhas de flores
Do teu cerrado,
Tuas árvores tortas,
Teus córregos de
Águas lentas
E o Rio Preto cantante.
Dá-me
As tuas nascentes
Frias dos riachos
Que envolvem
Teu corpo liso
No abraço das serranias.
Dá-me
Teu colar de grãos dourados,
Teu véu roxo, enfeites
Que seduzem gente
De outras paisagens.
Dá-me
Teu sol tórrido,
Tua pele morena,
Teu calor angustiante e
Teus entardeceres
Silentes,
Poéticos.
Vem
Minha terra pura,
Dá-me
O abraço
Que no ontem
Foi-me negado,
Dá-me
Teu chão para
Que tua terra me cubra
No plantio eterno
De quem retorna
A morada.
E nas noites,
Em plena pele da lua
Abrirei meus braços
Receberei teus abraços,
Beijarei teu chão
E dormirei… Eternamente.

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